sábado, maio 14, 2005

Value Clouds - What The Hell ?

Como todo estrategista, pseudo-novo blorgalista, economista, impressionista e curioso sobre as leis de causa-e-efeito da natureza, andei maquinando nos ultimos anos sobre como se gera VALOR nas economias "atomico-libertárias" (1) que circulam pelo mundo, e como consequência, criei ( ou acho que criei, porque temos muitas mentes pensantes e gritantes atualmente no mundo e ainda não dei gugadas(2) suficientes para saber se alguém pensou na mesma coisa) algumas idéias que não param de me apurrinhar (3) para virarem palavras.
O resumo dessas idéias é que a partir do Clue Train Manifest (4), experimentamos a presença da VOZ de todos querendo se manifestar, comunicar seus conhecimentos, blogar, newslleteriar, instantmessengear e todas as formas que encontramos de gritar ao mundo:
- Eu existo e quero mostrar o que acho que é melhor de mim, o sei, o que conheço, quem conheço, o que leio, o que ouço, o que vejo, com o que me importo, com quem me importo, como me importo e transformo, de todas as formas possíveis e imagínáveis, em todos os lugares, em todos os momentos!
Deste desejo profundo e simples dos 4 desejos universais (5), pipocaram as minhas primeiras idéias de que não se criariam mais "grilhões" nas estruturas organizacionais, sociais, produtivas, religiosas, imaginativas e consumidoras. Não poderíamos mais falar em "cadeias de valor" porque os elementos do nosso mundo atual não estão mais "fortemente linkados" (6) como dantes, não existem valores, culturas ou impeditivos que nos mantenham "enquadrados" em modelos pre-definidos para muitas coisas, durante muito tempo.

Esse desejo tem uma vazão ímpar atualmente, porque na prática existe uma infinidade de possibilidades para uma multiplicidade de papéis em exercício simultâneo como nunca foi possível antes. Por exemplo, ao observar os jovens, eles não são mais nada em relação a um conceito pre-definido. Neste momento, os jovens ESTÃO em vários estágios AO MESMO TEMPO. Estão em tribos, definidas por hábitos (de sair, de se divertir, de blogar, de orkut, do colégio, da região onde moram, de quem namoram, etc) que são universos de convivência completamente distintos, únicos e ao mesmo tempo interligados como nunca. Basta olhar as comunidades no Orkut de alguma pessoa e ver em quantas comunidades ela participa (não para postar algo, mas para dizer "é nisso o que eu me interesso").
Juntando esse fato social (economia é uma ciência socializante, apesar dos governos monetaristas pensarem o contrário) com a pandemia tecnológica que eu chamo carinhosamente de Claudinete, mais a portabilidade publicativa pessoal(7) e abstrata (8) me trouxeram a percepção de que tudo pode ser produzido individual e coletivamente, com relações de "pertinência" totalmente momentâneas e baseadas em eventos de curta duração.
E é este o conceito base de uma "nuvem de valor", que ao contrário de uma cadeia de valor, que nasce orientada para a eficiência, a primeira nasce orientada para a INOVAÇÃO EM ESTADO PURO DE ARTE. E inovação, principalmente, na maneira como vemos os conhecimentos sendo compartilhados mundialmente, para se criar “soft services” (9) e culturas como o open source e novas maneiras de compartilhamento da inteligencia coletiva humana.
Aguardem cenas dos próximos capítulos dessa novela :)

(1) A primeira coisa que me veio a mente, neste 13 de maio, é que vivemos numa economia em que pessoas ainda podem gerar valor sozinhas. Que o digam os rapazes do dodgeball.com, que além de criar um conceito de MoSoSo ainda se uniram com o Google. Mas este é um tema digno de outro artigo, a ser blogado em breve...
(2) Como sou fã do Google já "abaianei" o termo "to google" que já existe no Webster. Pra mim, 100% baiano, to google é dar uma gugada.
(3) Dicionário de baianês.
(4) , tem em portugues em . Uma poderosa conversação global começou. Através da Internet, pessoas estão descobrindo e inventando novas maneiras de compartilhar rapidamente conhecimento relevante. Como um resultado direto, mercados estão ficando mais espertos-e mais espertos que a maioria das empresas.
(5) Como diz stephen Covey no seu oitavo hábito, descreve qutro necessidades humanas universais: Viver, Amar, Aprender e Deixar um Legado. Maslow que se dane, gosto mais desta versão :)
(6) Para não-programadores é um isto é uma aberração, mas não resisti :)
(7) portabilidade publicativa É o que eu chamo da capacidade que todos temos atualmente de existir na imensa publicação que é a web. A PESSOAL é a que você carrega com você mesmo, px, a maioria dos sites, atualmente, aceita um celular enviando/publicando por sms, ou você pode usar um PDA com Internet para isso. A Abstrata (8) é quando nos deslocamos fisicamente pelo mundo, mas usamos nossas indentificações (login/senha) para agir. Um blog, onde vc pode postar de qualquer micro com acesso a web, um email, etc.
(9) Soft Services são serviços baseados em software, servidores e Internet, como os portais, as comunidades, os serviços de busca, os messengers, etc.

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