quarta-feira, janeiro 31, 2007

Os sonhos dos adolescentes

Achei esse texto nos meus alfarrábios digitais, extremamente pertinente ao que coloca o Clemente...

Os sonhos dos adolescentes

Por que os adolescentes sonham com um futuro acomodado e razoável, que nem a nossa vida?

NA FOLHA de domingo passado, uma reportagem de Antônio Gois e Luciana Constantino trouxe os dados de uma pesquisa do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais: em 2005, 16% dos adolescentes entre 15 e 17 anos de idade não freqüentaram a escola. Trata-se de 1,7 milhão de jovens. Alguns desistiram por falta de meios, de vaga ou de transporte escolar, outros adoeceram, mas, em sua maioria (40,4%), eles abandonaram os estudos por falta de interesse. Como disse uma entrevistada, "os professores eram muito chatos".
Os comentadores, na própria reportagem, acusam a pouca qualificação ou motivação de muitos professores e um sistema de avaliação que produz repetências. Concordo, mas talvez haja mais.
Ao longo de 30 anos de clínica, encontrei várias gerações de adolescentes (a maioria, mas não todos, de classe média) e, se tivesse que comparar os jovens de hoje com os de dez ou 20 anos atrás, resumiria assim: eles sonham pequeno.
É curioso, pois, pelo exemplo de pais, parentes e vizinhos, os jovens de hoje sabem que sua origem não fecha seu destino: sua vida não tem que acontecer necessariamente no lugar onde nasceram, sua profissão não tem que ser a continuação da de seus pais. Pelo acesso a uma proliferação extraordinária de ficções e informações, eles conhecem uma pluralidade inédita de vidas possíveis.
Apesar disso, em regra, os adolescentes e os pré-adolescentes de hoje têm devaneios sobre seu futuro muito parecidos com a vida da gente: eles sonham com um dia-a-dia que, para nós, adultos, não é sonho algum, mas o resultado (mais ou menos resignado) de compromissos e frustrações.
Um exemplo. Todos os jovens sabem que Greenpeace é uma ONG que pratica ações duras e aventurosas em defesa do meio ambiente. Alguns acham muito legal assistir, no noticiário, à intrépida abordagem de um baleeiro por um barco inflável de ativistas. Mas, entre eles, não encontro ninguém (nem de 12 ou 13 anos) que sonhe em ser militante do Greenpeace. Os mais entusiastas se propõem a estudar oceanografia ou veterinária, mas é para ser professor, funcionário ou profissional liberal. Eles são "razoáveis": seu sonho é um ajuste entre suas aspirações heróico-ecológicas e as "necessidades" concretas (segurança do emprego, plano de saúde e aposentadoria).
Alguém dirá: melhor lidar com adolescentes tranqüilos do que com rebeldes sem causa, não é? Pode ser, mas, seja qual for a qualidade dos professores, a escola desperta interesse quando carrega consigo uma promessa de futuro: estudem para ter uma vida mais próxima de seus sonhos.
Aparte: por isso, aliás, é bom que a escola não responda apenas à "dura realidade" do mercado de trabalho, mas também (talvez, sobretudo) aos devaneios de seus estudantes; sem isso, qual seria sua promessa? "Estude para se conformar"?
Conseqüência: a escola é sempre desinteressante para quem pára de sonhar.
Em princípio, os jovens interpretam o desejo (inconsciente) dos pais e herdam os sonhos reprimidos atrás das vidas (fracassadas ou bem-sucedidas, tanto faz) dos adultos. Aquela fala chata dos pais, que evocam as renúncias que foram necessárias para conseguir criar os filhos, aponta o caminho de aventuras menos sacrificadas. Há uma guitarra empoeirada no sótão do comerciante ou do profissional cujo filho quer ser roqueiro. O que mudou? Duas hipóteses.
É possível que, por sua própria presença maciça em nossas telas, as ficções tenham perdido sua função essencial e sejam contempladas não como um repertório arrebatador de vidas possíveis, mas como um caleidoscópio para alegrar os olhos, um simples entretenimento. Os heróis percorrem o mundo matando dragões, defendendo causas e encontrando amores solares, mas eles não nos inspiram: eles nos divertem, enquanto, comportadamente, aspiramos a um churrasco no domingo e a uma cerveja com os amigos.
É também possível (sem contradizer a hipótese anterior) que os adultos não saibam mais sonhar muito além de seu nariz. Ora, a capacidade de os adolescentes inventarem seu futuro depende dos sonhos aos quais nós renunciamos. Pode ser que, quando eles procuram, nas entrelinhas de nossas falas, as aspirações das quais desistimos, eles se deparem apenas com versões melhoradas da mesma vida acomodada que, mal ou bem, conseguimos arrumar. Cada época tem os adolescentes que merece.

Sobre o Artigo que gerou a conversa com o Clemente...

O original (inovacao big brother) está aqui e o anterior (por que temos de nos livrar de steve jobs) aqui.

E o trecho q originou foi

"

a) Você o aconselha a estudar a vida e obra de Steve Jobs ou Bill Gates ou dos fundadores do Google, e-Bay, You Tube, Skype etc... O sucesso desses hiper-milionários, sua influência, seu glamour e espírito romântico, parece indicação clara de que eles têm algo que vale a pena tentar entender e imitar. Todo mundo nessa turma criou coisas geniais - produtos ou serviços que agitaram seus mercados - ou inventaram mercados novos. Todos fizeram isso trabalhando solitariamente (em garagens, segundo a lenda usual) tendo apenas uma idéia, um sonho, ou curiosidade a perseguir. Tente ser um deles! A tecnologia abre portas incríveis; há milhões de caminhos a desbravar. Só depende de você.

b) Você os aconselha a estudar a performance de empresas como South West Airlines, Wal Mart, Dell, NOKIA, Toyota, Zara, CEMEX, British Petroleum e outras. Poderia mesmo começar estudando uma tremenda inovação dos anos 1920: a forma pela qual a General Motors se organizou como empresa. Uma coisa tão criativa que a levou a bater a Ford, que havia inventado o conceito de carro para as massas duas décadas antes. A Ford tinha inovado por meio de um processo para fazer caros bons, bonitos e baratos. A GM a superou (inovando em cima da inovação da Ford) criando uma organização capaz de produzir vários tipos de carros, direcionados a vários tipos de público e introduzindo essa coisa chamada marketing no mundo do automóvel. A Ford não fazia nada isso.

O fato é o seguinte: se aceitamos minha definição de inovação (dinheiro novo + quebra do molde), então as empresas do ítem (b) têm lições muito, muito, muito mais úteis a dar do que as do item (a).

Quer dizer algo de útil àquele jovem? Esqueça Steve Jobs.

"

Jihad = Como ensinar a inovar aos jovens do Brasil, Parte 4

Rapais,
Isso isso está dando um excelente papo :)
Antes de continuar, quero deixar bem claro uma coisa, Clemente: Eu respeito pacas sua opnião, ok? E apesar do tom inflamado desses papos, a ideia não é brigar, mas realmente debater o tema. Não entenda, pelamordedeus, como um ataque, isso é um debate mesmo.
Para reenquadrar a discussão, onde eu discordo é que eu penso em um modelo centrado no indivíduo. É essa a essência. Individuos fizeram (e continuam fazendo estória e diferença). Os modelos organizacionais que voce está discutindo, mexem nas organizacoes, mas estas estão cada dia mais tratando pessoas como recursos (e recursos descartáveis, alias). Por isso, para mim é fundamental que todos os jovens pensem sempre em sua acao individual, queiram criar seu caminho sozinhos, ao invés de continuar a "se enquadrar" no que as organizações desejam de seus "recursos".
Isto posto, vamos para o "substantivamente", partindo do pressuposto original. O que fazer com um jovem, no Brasil, hoje, para que ele tenha alguma chance de sucesso por aqui. Pois o meu conselho começa evangelisticamente falando em uma coisa etérea: Tenha CORAGEM. Acredite em voce!! Não tenho como fugir disso. Eu sou um exemplo vivo dessa crença, vim de uma infância durissima e só porque fui ensinado a acreditar em mim é que consegui chegar onde estou. Substantivamente, eu diria a esse jovem pra pensar em ser um cara independente, dono do próprio nariz, a ter um negócio dele, qqer coisa, muito mais que procurar emprego em uma organização. Deste ponto, eu separaria a coisa em duas enormes linhas e vou me focar em uma só.
A primeira, que eu não vou abordar, é se o sujeito não tiver uma vocação definida pra alguma coisa técnica. Por este prisma, tenho de rezar para ele ser pelo menos empreendedor. Dai vc tira os Davids da vida (aquele camelo dai do rio que ficou famoso como expert em atender clientes) e mais uma geração de pessoas que são os "self made man" da vida. Exceções, sim. Novamente. Mas eu não poderia direcionar ninguem a aceitar ser "mais um". Como sonho, meta, objetivo, coisa a perseguir, é melhor querer sempre ser diferente. E, se o dito não tiver uma vocação clara, ele que se auto motive para conseguir crescer pelos próprios meios, de qqer forma!
A segunda, que é efetivamente o que posso opniar, pois é com o q trabalho e minha própria experiência de vida, é se o imberbe ser tem uma linha qqer técnica. E por técnica eu quero dizer uma atividade onde realmente a criação de valor esteja nas mãos dele. Seja um artista, um atleta, um programador, um inventor, winemaker, cheff de cozinha, arquiteto, qualquer coisa assim. Aqui é onde esforços individuais fazem a diferença. E é nessa linha que eu reforçaria os nossos jovens.
Ai, respondendo substantivamente a primeira coisa: Se um sujeito quiser EMPREGO (e olhe lá a qualidade do que ele vai ter), estudando modelos de negócio, logistica, enfim, management como ciência, ele vai enfrentar o que eu chamo de paradóxo da inércia da mobilidade social. Pra vc conseguir ter uma chance, no Brasil, de entrar numa empresa grande, vc precisa vir de uma universidade de linha e falar Ingles (nas grandes empresas onde vc poderia exercer os modelos de inovação organizacional). Ou seja, impossivel para um ser de baixa renda. Dai vem minha objetividade: Que tal reforçar o lado mais empreendedor desse técnico, ao invés de enduadrá-lo no modelinho deadente de "fazer carreira numa organização" ? Mas isso é uma longa estória, so pincelei isso para vc entender meu viés.
A segunda, sobre inovação. Existe um livro fantástido de Geofrey Moore,

que fala de vários modelos de inovação, de acordo com o ciclo de adoção de tecnologias, ciclos de maturidades das categorias de ofertas e estágio de maturidade do mercado. Nele, vc pode ver que os modelos medianos que eu tanto falo servem para mercados maduros (consolidados) e são manipuláveis por organizações. Mas não por indivíduos. Ai, caimos no nosso velho conhecido Clayton Christensem, em seu

complementando como indivíduos (e tbm organizações) podem atacar disruptivamente mercados. O ponto é ver o mercado e atacar onde existem brechas (criando youtubes, px). Substantivamente, eu ensinaria a mapear mercados, olhar tendências e a como construir produtos/serviços realmente diferenciados, independende de como isso seja feito.
Até porque, inovar, como Henry Chesbrough vem falando em todos os seus livros
Open Innovation

Research via Open Innovation

Open Business Models

está tbm virando uma atividade bem gregária e possível de se tocar comunitariamente, como este outro livro mostra, mundo a fora.
Collaborative Entrapreneurship


Eai, o maior diferencial talvez seja o design de produtos e experiências de serviços únicos. De novo, voltamos a Biblia da IDEO, em
Ten Faces of Innovation.

Com tudo isso, eu não me importo quanto um Gucciano, um Armani ou um Philip Stark fature A MENOS que uma mega hiper corporação como a Toyota, mas sim que esses INDIVIDUOS.

É isso o que eu ensinaria a esse jovem, nesta pergunta.



> Courtnay
> Vc diz:
> >Entendo o seu ponto, mas eu acho q é justamente isso o que eu sou
> >radicalmente contra. Devemos, pelamordedeus, acabar com essa estória de q
> >só resta ao >terceiro mundo modelos "medianos", PQP!!! Devemos sim, ensinar
> >a TODOS os que começam por aq, que é SIM pra querer se r exceção, é SIM pra
> >querer se O >diferente, O inventor da proxima new new thing.

> Pronto acabou a discussão! MODELOS MEDIANOS??? Que MODELOS MEDIANOS? Eu
> falei em South West,CEMEX,Toyota,Dell,Wal Mart,Zara,,,,,
> Se vc chama isso de "modelos medianos", SEJAMOS MEDIANOS!!!
> Que tal responder substantivamante ao que eu afirmo e ser menos evangelista?

> O que afirmo:1) Há muito mais oportunidade para se inovar utilizando meus
> "modelos medianos" do que os seus "Gucciano que inventa designs de óculos
> que se vendem por MILHARES de dólares!!!!".Infinitamente mais. Lmbre-se de
> que meu artigo começa com uma pergunta concreta de um jovem em busca de
> orientação.Eu posso lhe recomendar ser mais Gucciano,mais prefiro
> recomendar-lhe que estude.O quê? Logística.Engenharia de Produção.
> Matemática.Explicarei adiante.

> 2),Estou falando de dinheiro novo fora do molde usual.Sua definição de
> inovação é a mesma?Gucci? Qual a receita ($$$) da Gucci?De quê mesmo estamos
> falando,Courtney?

terça-feira, janeiro 30, 2007

Jihad = Como ensinar a inovar aos jovens do Brasil, Parte 3

Opa! Salve Clemente!

Entendo o seu ponto, mas eu acho q é justamente isso o que eu sou radicalmente contra. Devemos, pelamordedeus, acabar com essa estória de q só resta ao terceiro mundo modelos "medianos", PQP!!! Devemos sim, ensinar a TODOS os que começam por aq, que é SIM pra querer se r exceção, é SIM pra querer se O diferente, O inventor da proxima new new thing.

E sabe porque? Porque o RESULTADO coletivo disso, é que na média, geramos new new thing!! Não dá pra querer ser o "cluster" da itália que faz óculos no modelo de commoditie, vendidos a cents de dólar, e sim para pensar em ser o Gucciano que inventa designs de óculos que se vendem por MILHARES de dólares!!!!

E o ponto não é ser "super-heroi". É ser UNICO. Diferente. Exclusivo. Criador. Inventor. Modificador. Agente de mudança. Vc nao acha que é no mínimo intrigante que um premio Nobel seja um BANKEIRO? Um cara q montou um banco para MISERAVEIS? Isso é inovar e ser único!! Não estamos falando de nada mais a não ser a pura e simples CRIAÇÃO DE VALOR. E sem o impulso criativo INDIVIDUAL, sem o desespero uniforme de causa de cada um dos, nada muda!! Isso é a lei BASICA da inovação, não queira ser mais um, nem na média. Be OUTSIDER!!!

E cadeias de inovação, vc pode ver um artigo sobre SaaS aqui neste post.

Vamos continuar na arrenga :)
> Mestre Courtnay
> Você está confundindo as coisas, amigo.Não falei nada contra o
> empreendedorismo.Empreender é ótimo.Falei contra essa definição de sucesso
> que foca a excessão.Falei contra uma definição romântica e irrealista de
> sucesso profissional.
> Mantenho meu ponto.Para cada Rolim,há infinitos "não Rolims".O Rolim-que ,en
> passant, nada tem a ver com Silicon Valley ou garagens- é ótimo, mas e daí?
> O que eu digo para aquele jovem? "Seja um Rolim?". Seria um péssimo
> conselho, pois a esmagadora maioria, a avassaladora maioria, a abissal
> maioria dos jovens (competentes e preparados) serão,FORÇOSAMENTE, não
> Rolims.
> É urgente acabarmos com a mentalidade super-herói em negócios.Ela faz mal.
> Não afoguei nenhum pensador em tecnologia não,o que é isso mestre Courtney?
> Aliás,pensando bem, se os tais pensadores em tecnologia a que você se refere
> defendem a formação de legiões de criadores de garagem,talvez nem fosse má
> idéia afogar alguns, mas não creio que seja isso que defendem.
> Há todo um pensamento em inovação via ecosistema.Conheço.É interessante.É
> respeitável.
> A idéia de Michael Porter sobre "clusters" de atividades de negócio em certa
> regiões geográficas tem a ver com isso. Acho ótima a idéia.De novo: nada a
> ver com romantismo e garagens.Nada a ver com a idealização da excessão.
> Em Bangalore,India,há um ecossistema de desenvolvedores de softwares.Alto
> nível.Segue a lógica de Porter.Nada a ver com garagens,tudo a ver com
> comunidades de competências complementares.Muita ralação.Pouca genialidade.O
> que essas comunidades têm é um conjunto de peculiaridades que se
> complementam num sentido econômico.
> É o mesmo que há no norte da Itália,em relação a outras atividades nada
> "tecnológicas" como queijos e salames.É o mesmo que há em regiões
> específicas da Europa que produzem vinho.Para que associar genialidade fora
> da média a isso?Cada um com seu Silicon Valley.Para que tentar imitar o
> americano se podemos fazer coisas bacanas mais ao alcance da maior parte de
> nós?
> abs
> Clemente
> www.clementenobrega.com.br
> abs
>
> ----- Original Message -----

>
> ASSUNTO: Tua visão tá bem quadradinha, MyFriend
> ---------------------------------
>
>
> Caro Clemente,
>
> Em parte pelo enorme respeito que devoto ao teu trabalho, em parte pelo fato
> de te conhecer ao vivo e em parte porque ainda aguardo onde vc quer chegar,
> esperei até agora para espernear.
>
> Mas, depois do ultimo post sobre inovacao, não da mais pra ficar quieto :)
>
> Veja em meu blog o q ando pensando (valueclouds.blogspot.com).
>
> Mas, essencialmente, quando voce diz que o exemplo do sillicon valley nao
> serve pro brasil (um cara com uma ideia muda o mundo), vc afogou todo um
> grupo de pensadores de tecnologia.

> De uma fuçada no mundo da gestão da inovação via ecosistema, entenda o que
> anda acontecendo no mundo de SaaS (software as a Service), e analise os
> casos dos selfmade man brasileiros, vc vai ver que em pindorama tbm existe
> MUUUIIITTTO espaço para criar nas garagens sim.

> Laércio consentino montou a Microssiga.
>
> Wolfgand Schueps (e meio mundo) montou a BSP, para ser uma Harvard
> Brasileira.
>
> Rolin Amaro montou a TAM.
>
> E muiiiiitttoos outros exemplos, infinitos.
>
>
> Só que isso é uma questao de ATITUTE, nao de técnica. E isso, vc está certo,
> não se ensina. Se demonstra.
>
> []'s

Anti Marketing - Reverse WOW!


O Seth mandou primeiro (sempre), mas eu acho q merece algo em portugues.

COMO É QUE O MARKETING DA MS DEIXA SAIR UMA FOTO SORUMBÁTICA DESSAASSS!!!!

Que carinhas de WOW ao contrário! é o Reverse WOW! HastaLaVista! Ruiwindows Vista.

Até o Balmer, incrível, tá com cara de pastel furado!

HAHAAHAHAH

Matéria completa, NYT.

Em mais uma resposta a Clemente...

Nao vou resistir e preciso copiar o post inteiro aq. Achei simplesmente fantastico!!!

Diretamente do Diário da Revolucao!!


The Brazilian Dream (link para o site original do artigo).

Se você viver cada dia co mo se fosse o último, um dia ele realmente será o último. Se hoje fosse o último dia da sua Vida, você gostaria de fazer o que você faz hoje?

São Francisco, 9 de Janeiro de 2007, Steve Jobs, de calça jeans surrada e camiseta preta barata, assombra o mundo dos negócios ao anunciar a reinvenção do telefone: o iPhone.

Uma semana, 45 capas de revistas e 104 milhões de páginas na internet depois, o iPhone é o mais falado, comentado, blogado, aguardado, badalado, idolatrado, e muito provavelmente, o mais pré-vendido produto do ano.

O iPhone da Apple vai vender muito, mas MUIIITOOOOO, mas não porque ele tem algum novo fantástico recurso tecnológico, ou porque ele oferece uma nova, maravilhosa, ultra-moderna e revolucionária interface de comunicação entre o consumidor e a máquina, o iPhone vai ARREBENTAR porque é um símbolo máximo do American Dream.

"Se você trabalhar duro, muito duro, levar uma vida frugal, economizar o máximo que puder, você certamente conseguirá atingir o sucesso, a fama e a riqueza."

Você não precisa fazer politicagem, dar dinheiro para o bispo, puxar saco do chefe, fingir ser alguém que não é, enganar o cliente, roubar o fornecedor, matar o concorrente, sacanear o sistema, vender sem nota fiscal ou fazer buraco na rua para vencer na Vida.

No American Dream você depende apenas do seu suor, sangue e lágrimas. Você depende apenas da sua dedicação, preparação e CRIATIVIDADE. Você depende apenas de Você.

Steve Jobs fundou a Apple na garagem da casa dele. Ralou muito. Quando a coisa ficou grande mandaram ele embora. A coisa degringolou e o chamaram de volta. Jobs começou tudo de novo. Novo iMac, novo Mac OS, novo iPod, novo iPhone. Desde o seu retorno a Apple, Steve Jobs é conhecido mundialmente como o Presidente com o salário mais baixo da história do mundo dos negócios. Desde 2000, o salário de Steve Jobs é oficialmente 1 dólar por ano. Steve Jobs entrou no Guinesss Book of Records por isso.

Steve Jobs é um ex-hippie dos anos 70 que conquistou o mundo a partir do zero. Um pacifista que está mudando o mundo através dos negócios, um revolucionário que nasceu para apavorar o universo complacente das mega-corporações com seus produtos ousados.

A postura, atitude e discurso de Steve Jobs ao anunciar o iPhone na semana passada faz qualquer um que seja apaixonado pelo American Dream a se apaixonar pela Apple e pelo iPhone.

Ele chama as grandes corporações de celulares para a briga com desdém, "Ontem existiam apenas esses tais de Blackberrys, BlackJacks, Smartphones e suas interfaces arcaicas e ultrapassadas. Hoje existe o iPhone, simples e objetivo", "Ontem existiam esses aparelhos rudimentares. Eles dizem que você consegue acessar o seu web site preferido ao utilizá-los. Não sei como alguém consegue fazê-lo com essas interfaces arcaicas. Agora existe o iPhone onde você realmente consegue acessar a world wide web a partir do seu telefone."

Steve Jobs ama tanto o que faz, acredita tanto no seu produto, que sua maneira de falar deve soar arrogante para algumas pessoas. Steve Jobs é tudo menos arrogante. Jobs tem auto-estima e amor próprio. Os pilares do American Dream.

O iPhone hipnotizou tanto a atenção das pessoas durante o seu lançamento, que o movimento mais RADICAL da história da Apple passou desapercebido para muita gente.

O iPhone não é um produto ou uma aposta da Apple em um novo segmento de mercado. A Apple está mergulhando de corpo e alma em um novo mundo. No dia 9 de Janeiro Jobs anunciou que a Apple está mudando de nome. A empresa deixa de se chamar Apple Computer para ser apenas Apple Inc.

O iPhone e a Apple TV são as armas que a Apple vai usar para entrar na briga e vencer as gigantes Sony, Samsung, LG, Nokia, Motorola e todos os outros mega fabricantes de celulares e eletrônicos.

Apple voltou a ser pequena se comparada com essa turma. A Apple voltou a ser um Davi no mundo dos Golias. A Apple voltou a ter 1% de participação de mercado.

Quem se importa com o tamanho ou posição quando se acredita no American Dream?

Sempre que eu viajo para os EUA um sonho passa pela minha cabeça: colocar toda a brasileirada da classe A,B,C, D até XYZ que ainda não teve a oportunidade de viajar para os States dentro de 100 aviões fretados da Boeing e levá-los para uma turnê de uma semana pelas principais cidades americanas. Eu tenho certeza que todos voltarão para a brasilândia transformados. INFLAMADOS da crença no TRABALHO DURO como única e verdadeira fonte de criação de sonhos e riquezas para a sociedade em que vivem.

Eu estava nos EUA visitando a CES - maior feira de produtos eletrônicos e informática do mundo - quando Jobs anunciou o iPhone. No mesmo dia em que Jobs fazia o seu discurso, eu assistia a uma pequena futura Apple fazer história ao ter o seu produto escolhido como o melhor produto da CES frente aos gigantes como Nokia, Motorola, Samsung e HP.

Visivelmente emocionado ao ser escolhido, o Presidente da pequena empresa subiu ao placo e agradeceu a platéia formada por milhares de pessoas com a seguinte frase, "Muito obrigado a todos pelo reconhecimento. Muito obrigado ao meu país. Quem venceu essa competição não foi a minha equipe. Quem venceu essa competição foi o American Dream. Parabéns a todos que ainda acreditam no American Dream e no poder de um único Indivíduo em realizar seus sonhos."

A CES reuniu esse ano em Las Vegas 2.700 fabricantes de produtos de tecnologia espalhados em 2 milhões de metros quadrados de exposição.

Pergunta: Quantas empresas brasileiras você pensa que eu encontrei expondo seus produtos em Las Vegas?

Apenas uma, a Bravox.

Cadê a Gradiente?

Cadê a CCE?

Por que não sustentar o sonho de criar algo REALMENTE inovador que o MUNDO INTEIRO queira comprar?

Por que em 40 anos de existência essas empresas ainda não foram capazes de CRIAR algo DRAMATICAMENTE diferente que o mundo inteiro queira comprar?

Eu me RECUSO a acreditar que não somos capazes de inventar o iPhone. Eu me RECUSO a aceitar a mediocridade do brasil. Eu prefiro acreditar que ainda não acordamos. Eu prefiro acreditar que vivemos uma situação TEMPORÁRIA de pensar pequeno, pensar medíocre, pensar no próprio umbigo e no curto prazo. Eu acredito que é uma questão de estar amarrado ao Brazilian Dream e sua mentalidade extrativista de tirar para si o máximo dos outros.

Eu acredito na CCE e na Gradiente. Eu acredito que conseguir pagar a casa própria, conseguir ter um bom carro, conseguir guardar um certo dinheiro para pagar a faculdade dos filhos, conseguir ter dinheiro para o happy hour, conseguir descer para a praia de vez em quando fazem parte dos sonhos dos medíocres, e que um dia, eu verei a CCE, a Gradiente, ou uma pequena empresa emergente de Petrópolis no Rio de Janeiro não apenas reinventar o telefone, mas INVENTAR uma nova e fantástica maneira de vivermos melhor.

NADA MENOS QUE ISSO INTERESSA.

QUEBRA TUDO!!! Foi para isso que eu vim! E Você?

Jihad = Como ensinar a inovar aos jovens do Brasil, Parte 1 - Hackers, Painters, Creators, Followers e bulshitagem!

Folks,

Ainda continuo revoltado revoltado! Esse negócio do Clemente dizer q não podemos ter "garagens" em Pindorama, tá angustiante. Pior ainda dizer que os exemplos de indíviduos brilhantes devem ser pra poucos!! E que devemos ignorá-los e viver nossa "vida de gado", felizes!

Pois, contra a primeira coisa, recomendo Founders at work, exemplo prático de como é q os "nerds" viraram a mesa, inovando inclusive na vida de suas proprias empresas.
Para a a mania de que uma andorinha não muda o mundo, tome Hackers and Painters, e descubra que a criatividade individual ainda move montanhas.

E finalmente, pra quem acha q Pindorama não tem labs, vejam a pesquisa da ABDI sobre inovacao no Brasil (5.000 empresas com labs aq).

Ufff....

WOOOOOOOOOOOOOWWWWW!!!!

Tem séculos que não leio nada tão absolutamente inteligente e tão eloquentemente narrado como o Dreaming in Code, o novo livro de Scott Rosenberg!!

Vale a penda dar uma olhada!!!

Jihad = Como ensinar a inovar aos jovens do Brasil, Parte 1

Parece até música da Marisa Monte...

Em seu novo post, Clemente continua ensaboando...

Parece que ele nunca leu nenhum dos artigos de Paul Graham, de tanto que insiste que nós temos que copiar o modelo de megamastodonticas empresas (que novamente, segundo ele, geral valor pelo faturamento e não pelo seu valor em bolsa).

Modificando um pouco este post, achei uma das pérolas do Paul, chamada "minding the gap", onde ele resume tudo em uma pérola: "When people care enough about something to do it well, those who do it best tend to be far better than everyone else.". Porque deveria ser diferente com a inovação? Esta idéia de que temos que nos contentar com a média, que no Brasil nunca vai tr Sillicon Valley é simplesmente a maior idiotice que já vi na vida! Só perde praquela que dizia que a raça ariana era superior...


É.... Como diz Silvio Meira, tem muita coisa ainda pra mudar nas cabeças de pitú desse nosso pais...

p.s. Pra quem não é nordestino, na cabeça de pitu é onde fica seu intestino grosso, ou seja, tem muita merda!!

Marketing de Rede

Interesantíssimo o marketing do Live Spaces (aquele da MS que quer tirar o lugar do Orkut e do MySpace.), usando o carismático toni garrido.

Ver em Toni.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

História do IPod

Pra quem se interessar, a história do iPod, by Discovery Channel, está no Google Vídeos.
A grande curiosidade é nao ter isso pra vender na iTunes ehehehehe

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Pontos de vista diferentes sobre como inovar (ou, inveja é uma merda)

Né por nada não, mas acabei de ler um artigo de um cara que conheço pessoalmente, mas tenho de discordar violentamente do artigo dele ( veja aqui). O título é simplesmente "Porque temos de nos livrar de Steve Jobs"!

Numa época dessas, onde criar diferencial é a única real competência, um dos maiores criadores deste diferencial é execrado às últimas. E o pior é que o artigo acima só exalta tudo o que o cara fez de bom...

Vou esperar os 15 dias pra dar a sabreada de luz definitiva, mas... Isso me lembram as críticas a Ricardo Semler...

Namaste.

quarta-feira, janeiro 17, 2007

WebOnomics e o "Apple Phone"

Depois de todo o oba-oba em torno do mega-estrondoso e mal-nomeado iPhone (capa das duas maiores revistas semanais aqui em pindorama, além da MAC+8), a poeira baixou, as criticas comeram soltas, o hype evoluiu para "me deixem enfiar programas ai dentro" e "quero logo que minha operadora também tenha". Na prática, estamos todos salivando para por as mãos em um iPhone. Mas, algumas coisas em torno das externalidades econômicas deste lançamento passaram fora do hype.

De cara, a tentativa de expansão do modelo "appled garden", onde tudo o que tem no iPhone é controlado exatamente como tudo o que tem DENTRO do iPod (leia-se softwares) e dos seus serviços alimentícios via iTunes. Para um telefone GSM, chegou-se ao extremo de se coibir a troca da bateria (como no iPod) e, dizem os que viram o petardo, do próprio SIM Card. Isso só reforça o controle total da Apple no sistema economico derivado de serviços de valor que vão ao celular.

Em resumo, eles tentam colocar o modelinho do iPod (minhas musicas na minha loja só pro meu device), acrescentando minha operadora queridinha, meus amigos de search, meus videos, meus serviços de email (inclusive os sofisticados PushMail).

Ainda nesta linha, pouca gente percebeu uma nova invasão dos serviços maravilhosos do iTunes, que (teoricamente) passam a "orquestrar" a sincronização não apenas das músicas, mas também dos contatos, dos emails (inclusive pushes), dos vídeos, arquivos, etc. Basta lembrar que a Nokia comprou ano passado a Intellisync justamente para controlar essa feature. Dai para a Apple ter o próprio "portal social" (ou fazer parceria com LinkedIn e Plaxo), é só um pequeno passo. Quem usa um celular WindowsMobile e sincroniza seus contatos com o Outlook/Exchange e Plaxo vai entender o alcance do que estou falando.

Outro ponto é que este lançamento soterra de vez uma velha briga de mega modelos de operadoras: Quem controla a "experiência" final do usuário. A Cingular (ou AT&T novamente) vai ser única e tão somente a provedora do canudinho de dados. Todas as marcas de serviços importantes são de terceiros! A subversão máxima é a experiência de falar ao celular agora nao ser mais essa, mas de "usar meu iPhone". Seja pra celular, seja pra VOIP, seja para somente ouvir músicas. Isso desloca definitivamente a guerra dos serviços móveis para os provedores de serviço web. Desde o iMode japones, o mercado de celulares não passava por uma reviravolta tão grande!

Para ficar apenas nesses itens, o que se pode falar é que a Apple não lançou um aparelho. Ela entrou no mercado econômico de serviços, de uma vez por todas e talvez estejamos presenciando na verdade o nascimento é de um novo modelo de negócios, o que eu chamaria de Total Virtual Digital Services Provider (ou TVDSP).

Neste modelo, a Apple, ao incorporar o controle e o poder de um infomediário pesado dos assets mais importantes do momento (música, vídeos, sincronização de emails, etc) e dominar a gestão das plataformas do usuário (devices) com toda a histórica eficiência em criar objetos de desejo, pode ter dado o primeiro passo em criar um novo modelo de "operadora", muito similar ao que a Virgin Mobile começou a construir na Inglaterra nos anos 90 (para quem não sabe, a Virgin é uma MVNO, não tem rede, aluga da British Telecom, mas já foi eleita várias vezes a melhor "operadora celular" da Inglaterra). Isso representa uma imensa troca de poder de negociação, tirando das operadoras os ativos de mídia, as marcas de serviços e levando-os de vez para um player externo (ou vários, como as alianças demonstram).

Os próximos passos é que são complexos de se prever. A Apple vai ter de jogar xadrez em um ambiente que envolvam as operadoras, controlar a produção do aparelho (atender a demanda reprimida, leia-se), controlar que desenvolvedores e hackers não consigam colocar programas no iPhone e ainda assim rentabilizar as parcerias, e estas são só algumas das preocupações.

Mas, com certeza, abre-se um novo jogo. Em termos de economia de redes, externalidades e Webonomics, a Apple lançou todo um novo universo e abriu toda uma nova gama de possibilidades. Inclusive, aprendeu a fazer algo "evil": FUD!! O "lançamento" não foi de fato. Foi um Demo! E agora, todos nós somos consultores à serviço de Cupertino (inclusive esse artigo), fornecendo todos os "side effects" que este modelo irá gerar.

Pela primeira vez na história da Apple, além do Intel Inside, estamos vendo um FUD-Driven Launch.

Quem diria que vería-mos este dia!!