quarta-feira, janeiro 31, 2007

Jihad = Como ensinar a inovar aos jovens do Brasil, Parte 4

Rapais,
Isso isso está dando um excelente papo :)
Antes de continuar, quero deixar bem claro uma coisa, Clemente: Eu respeito pacas sua opnião, ok? E apesar do tom inflamado desses papos, a ideia não é brigar, mas realmente debater o tema. Não entenda, pelamordedeus, como um ataque, isso é um debate mesmo.
Para reenquadrar a discussão, onde eu discordo é que eu penso em um modelo centrado no indivíduo. É essa a essência. Individuos fizeram (e continuam fazendo estória e diferença). Os modelos organizacionais que voce está discutindo, mexem nas organizacoes, mas estas estão cada dia mais tratando pessoas como recursos (e recursos descartáveis, alias). Por isso, para mim é fundamental que todos os jovens pensem sempre em sua acao individual, queiram criar seu caminho sozinhos, ao invés de continuar a "se enquadrar" no que as organizações desejam de seus "recursos".
Isto posto, vamos para o "substantivamente", partindo do pressuposto original. O que fazer com um jovem, no Brasil, hoje, para que ele tenha alguma chance de sucesso por aqui. Pois o meu conselho começa evangelisticamente falando em uma coisa etérea: Tenha CORAGEM. Acredite em voce!! Não tenho como fugir disso. Eu sou um exemplo vivo dessa crença, vim de uma infância durissima e só porque fui ensinado a acreditar em mim é que consegui chegar onde estou. Substantivamente, eu diria a esse jovem pra pensar em ser um cara independente, dono do próprio nariz, a ter um negócio dele, qqer coisa, muito mais que procurar emprego em uma organização. Deste ponto, eu separaria a coisa em duas enormes linhas e vou me focar em uma só.
A primeira, que eu não vou abordar, é se o sujeito não tiver uma vocação definida pra alguma coisa técnica. Por este prisma, tenho de rezar para ele ser pelo menos empreendedor. Dai vc tira os Davids da vida (aquele camelo dai do rio que ficou famoso como expert em atender clientes) e mais uma geração de pessoas que são os "self made man" da vida. Exceções, sim. Novamente. Mas eu não poderia direcionar ninguem a aceitar ser "mais um". Como sonho, meta, objetivo, coisa a perseguir, é melhor querer sempre ser diferente. E, se o dito não tiver uma vocação clara, ele que se auto motive para conseguir crescer pelos próprios meios, de qqer forma!
A segunda, que é efetivamente o que posso opniar, pois é com o q trabalho e minha própria experiência de vida, é se o imberbe ser tem uma linha qqer técnica. E por técnica eu quero dizer uma atividade onde realmente a criação de valor esteja nas mãos dele. Seja um artista, um atleta, um programador, um inventor, winemaker, cheff de cozinha, arquiteto, qualquer coisa assim. Aqui é onde esforços individuais fazem a diferença. E é nessa linha que eu reforçaria os nossos jovens.
Ai, respondendo substantivamente a primeira coisa: Se um sujeito quiser EMPREGO (e olhe lá a qualidade do que ele vai ter), estudando modelos de negócio, logistica, enfim, management como ciência, ele vai enfrentar o que eu chamo de paradóxo da inércia da mobilidade social. Pra vc conseguir ter uma chance, no Brasil, de entrar numa empresa grande, vc precisa vir de uma universidade de linha e falar Ingles (nas grandes empresas onde vc poderia exercer os modelos de inovação organizacional). Ou seja, impossivel para um ser de baixa renda. Dai vem minha objetividade: Que tal reforçar o lado mais empreendedor desse técnico, ao invés de enduadrá-lo no modelinho deadente de "fazer carreira numa organização" ? Mas isso é uma longa estória, so pincelei isso para vc entender meu viés.
A segunda, sobre inovação. Existe um livro fantástido de Geofrey Moore,

que fala de vários modelos de inovação, de acordo com o ciclo de adoção de tecnologias, ciclos de maturidades das categorias de ofertas e estágio de maturidade do mercado. Nele, vc pode ver que os modelos medianos que eu tanto falo servem para mercados maduros (consolidados) e são manipuláveis por organizações. Mas não por indivíduos. Ai, caimos no nosso velho conhecido Clayton Christensem, em seu

complementando como indivíduos (e tbm organizações) podem atacar disruptivamente mercados. O ponto é ver o mercado e atacar onde existem brechas (criando youtubes, px). Substantivamente, eu ensinaria a mapear mercados, olhar tendências e a como construir produtos/serviços realmente diferenciados, independende de como isso seja feito.
Até porque, inovar, como Henry Chesbrough vem falando em todos os seus livros
Open Innovation

Research via Open Innovation

Open Business Models

está tbm virando uma atividade bem gregária e possível de se tocar comunitariamente, como este outro livro mostra, mundo a fora.
Collaborative Entrapreneurship


Eai, o maior diferencial talvez seja o design de produtos e experiências de serviços únicos. De novo, voltamos a Biblia da IDEO, em
Ten Faces of Innovation.

Com tudo isso, eu não me importo quanto um Gucciano, um Armani ou um Philip Stark fature A MENOS que uma mega hiper corporação como a Toyota, mas sim que esses INDIVIDUOS.

É isso o que eu ensinaria a esse jovem, nesta pergunta.



> Courtnay
> Vc diz:
> >Entendo o seu ponto, mas eu acho q é justamente isso o que eu sou
> >radicalmente contra. Devemos, pelamordedeus, acabar com essa estória de q
> >só resta ao >terceiro mundo modelos "medianos", PQP!!! Devemos sim, ensinar
> >a TODOS os que começam por aq, que é SIM pra querer se r exceção, é SIM pra
> >querer se O >diferente, O inventor da proxima new new thing.

> Pronto acabou a discussão! MODELOS MEDIANOS??? Que MODELOS MEDIANOS? Eu
> falei em South West,CEMEX,Toyota,Dell,Wal Mart,Zara,,,,,
> Se vc chama isso de "modelos medianos", SEJAMOS MEDIANOS!!!
> Que tal responder substantivamante ao que eu afirmo e ser menos evangelista?

> O que afirmo:1) Há muito mais oportunidade para se inovar utilizando meus
> "modelos medianos" do que os seus "Gucciano que inventa designs de óculos
> que se vendem por MILHARES de dólares!!!!".Infinitamente mais. Lmbre-se de
> que meu artigo começa com uma pergunta concreta de um jovem em busca de
> orientação.Eu posso lhe recomendar ser mais Gucciano,mais prefiro
> recomendar-lhe que estude.O quê? Logística.Engenharia de Produção.
> Matemática.Explicarei adiante.

> 2),Estou falando de dinheiro novo fora do molde usual.Sua definição de
> inovação é a mesma?Gucci? Qual a receita ($$$) da Gucci?De quê mesmo estamos
> falando,Courtney?

Nenhum comentário: