segunda-feira, outubro 15, 2007

Inovação de "Know How" x Inovaçao de Realizações

Meditando muito sobre "inovação", lendo biografias dos grandes (teóricamente) realizadores da minha viciante indústria de TI, percebi uma corrente sutil, uma samnsahra quase malévola que nos assolou em um tsunami imperceptível a partir de algum momento da nossa estória recente...

Apenas verborragilizando idéias soltas, vamos a elas...

Assitindo Jackson Pollock criar arte contemporânia abstrata (para os entendidos, para mim é algo ainda tão sem sentido qto fractais que uma cagada de pombo faz na Rua), deu pra entender um pouco mais da criação (no sentido criador mesmo, independente da originalidade) que move um indivíduo determinado e livre. Dai pra pensar nas idéias loucas q eu mesmo já tive na vida sobre algum pedaço qualquer de software, é um pulo... Quem nunca bolou um algorítmo qqer que atire o primeiro x-Edit!

Pensando sobre os motivadores (novamente, na teoria dos livros-biografia-marketeiros) que levaram Steve Jobs, Larry Ellison e Mark Adressen (pra falar só dos lidos esse ano) a criar coisas e lembrando que nem sempre eles EXECUTAVAM a criação, deu um certo pesar lembrar de Da Vinci, Michellangelo, Galileu e mais recentemente, iWoz...

Em resumo, nem sempre quem cria (idealiza) é quem cria (faz acontecer)...
Pausa para suspiro. A inovação, então, é do idealizador ? Ou do executor?

Meditando...

Pensando friamente na vida técnica, apanhando do mais novo teclado do mais novo notebook que acabo de ganhar da empresa e tentando pela 8407401247021421496243 vez fazer meu cérebro superlotado de manias reaprender onde estão os malditos acentos, shifts e controls do teclado (quem tem um diploma de datilografia se acostuma a não olhar pro teclado e é o primeiro que sofre com a "padronização" que os fabricantes de notebook impõem: Sempre mudar o teclado!)... Acordando!! Relembrei da minha epopéica vida de programador. Com um micro, poucos megahertz, poucos MEGA bytes e um disquete com clipper, paguei as contas da adolescencia, sustentei família e fiz uns 5 sistemas corporativos de extrema responsa... Poucas ferramentas, muito menos técnica (nada de Yourdon, Jacobson ou qqer um mago da estrutura) mas muita necessidade e vontade de mandar sistemas pro ar resultaram em algumas coisas intrigantemente funcionais, apesar da complexidade...

Sistemas de gestão de fazendas de cacau, de criação de gado nelore, de gestão de empresas de consórcio (em 89) e mais um sisteminha invocado de folha de pagamentos. Tudo numa EU quipe... Para a época, era uma senhora inovaçao. ERPs verticais. De 89 pra cá, acabo de descobrir, nada mudou em sistemas de erp (no que fazem). Mas o q mudou nas FERRAMENTAS que fazem o ERP, isso sim é espantoso!

Não vou desfiar a ladainha de coisas que pipocam todo dia como a ultima maravilha depois da roda redonda, mas quero citar o enorme desconforto que hoje é fazer um ó com um copo, como dizemos em Soterópolis, seja como empresas, seja como indivíduo.

E ai, eu troquei de celular. De novo! Mais uma surra pra reaprender coisas simples, como rechamar alguem e a maior dor de cabeça de pindorama: Como fazer um celular feito sem CPLD (código de prestadora de longa distância) entender a minha agenda... Mais agruras de alguém q tem mais o q fazer que aprender essas coisas...

Em resumo, o que percebo é que inovamos cíclicamente como o cachorro atrás do rabo: Temos 2174210942174124 novas forma de fazer melhor a mesma coisa. Só que isso nos custa horrores em aprender ,treinar um pouco, começar a exercer esse uso e.... Desprender tudo (pq tudo mudou) e recomeçar tudo de novo again!

Nada incômodo (nosso corpo funciona assim mesmo), mas ... E as realizações? A qualidade delas melhorou?

Digamos que coisas interessantes continuam aparecendo. Mas, a pensar estatisticamente na quantidade de recursos que agora temos à disposição, percebo que estatísticamente temos muito mais informação (mais uma tool), muito mais tools, muito mais possibilidades e ainda assim... Realizamos cada vez mais mediocridade, na média...

Como será que se inova em realizações heim ? Será que um Nobel para ecologia ajuda a ver as coisas de outra perspectiva?

Será?

SENTAPUA! E vamos à luta, filhos da Pátria!

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