sexta-feira, outubro 17, 2008

O que muda para um engenheiro de soluções no mundo Value Cloud?

Hi Folks,

Digressões preambulares...

Em mais uma digressão causada por mais um dos artigos de Ricardo Banffy, de ex-quase-nerd-confesso-e-tarado-por-tecnologia tenho uma confissão: Tenho alma de engenheiro, adoro tecnologia, mas sou um homem de negócios. Meu negócio é o ovo do pato macho!

Entre Jobs e Welch, fico com Steve Balmer, que além de tudo consegue gritar, suar, espernear e parecer um líder sério. E vender adubo como se fosse tecnologia. É de tirar o chapéu o que esse fabricante de Ladas fez num mundo de reluzentes Ferraris, Porsches e até de modestos Lexus. Que me perdoem meus amigos da MS, mas estou confinado num MuiRuiWindows HastaLaVista Performance há um mês e nada me alegraria mais que ter meu velho, bom, rápido e inseguro XP de volta... Mas, como disse, sou fã do Balmer e nessa putaria velha de forçar fabricantes a nos empurrar adubo, quero dizer, bugs, quer dizer malware, quer dizer... Xá pra lá!

Por isso tudo... O mundo é dos NETS! (é mesmo?)

A primeira coisa que muda é que num futuro não muito distante acho (aprendi com o Toffler o uso do verbo "I Think... ") que algumas coisas banais, como as que faço agora (bloggar) e que nos ocupam 90% do tempo serão completamente ignorantes ao tipo de maldição que carreguemos no micro (se é que carregaremos um micro)...

Por isso, todo novo player (novo mesmo) que se preze fornece tudo em modelo Saas, com plataformas de desenvolvimento, comunidades de aplicativos complementares, hosting, datacente e sla. PW que o diga.

O fim das Engenheiricitricidades...

Alma de engenheiro adora conhecimento. Quanto mais melhor e é o é o mesmo pensamento que qualquer ambicioso teria. É simplesmente ultra-viciante ter tudo ao seu dispor na net. E... Com nosso ciclo autofágico de 98232094724097492 novas plataformas, linguagens, processadores, etc (e isso só pra ficar em TI), criou-se a cultura do acúmulo hyper-acelerado de... Coisas inúteis.

Eu chamo isso de sindrome da crise de abstinência do conhecimento ansioso. Mesmo que não utilizado, por se viver num mundo onde a impressão sistemica permeou todos os aspectos da vida social (que diacho eu tenho a ver com a os caminhões que levam produtos pra Groenlândia todo ano? Sei lá... Mas dediquei um tempo a ver um episódio de uma série do canal sei-lá que mostrava a vida dos caras. Nuca se sabe né?), isso virou uma enorme bola de neve.

E ai vem o ciclo de produção dos engenheiros. Apreender uma técnica/tecnologia. Resolver um problema complexo e aparentemente insolvível antes da dita. Construir coisas com isso. Regozigar o ego. Volta tudo novamente.

Mas... Grandes projetos atualmente lidam com cultura. E, muito provavelmente, com side-effects muito mais desconhecidos e descontrolados que antes. Coisas humanas voltaram à pauta. E ai?

Há uma lenda que engenheiros não sabem lidar com soft-skills muito bem. Essas coisas de grupo, teias sociais, gestão de mudança, cultura organizacional, etc. Falácia. Só acho que pessoas muito inteligentes viram rebeldes muito fácil. Hipocrisia e canalhice organizacional não não são artes muito apreciadas (pelo menos no universo de engenheiros que eu conheço). A não ser por uns psicopatas que servem para provar a regra (Sendo exceção).

Nunca vi um grupo com maior senso de pertencimento, dedicação, orgulho e principalmente combatividade que um bando de engenheiros atacando um problema. Isso sim é alta performance.

Wikitecture

Sejá lá o que o povo da O'Reilly queira dizer com isso, mas tenho de concordar que desenhar uma coisa (Seja lá o que for essa coisa) nao vai ser mais nem no estilo DaVinci (euquipe) nem no estilo Jobs (mimi-ultra-smart-teams). Vai ser no estilo Ning. Ou spore. Ou, carnaval da bahia. Ao som do Chiclete. Na praça Castro Alves.

Vai lá pra ver e entender! Enquanto isso... Uma babinha...


Colaboração.

Tudo, realmente tudo, será feito em time. Com vários chefes (AKA Clientes). Com vários prazos apertados. Com desafios gigantescamente crescentes quanto à criatividade. E como fã da baianada, olha só o que é criatividade e espírito de time.


Diversidade.

Essa é a mais dura de lidar. Eu adoro gente diferente. Mas, como se ve nos comentários dessa matéria (vale a pena ler, fotos incríveis do sol), se o ser humano pode divergir tanto entre encantado e revoltado com simples fotos da natureza, que o dirá entre temas tão apelativos ao ego quanto "qual-a-feature-é-melhor-neste-produto" ..

É... Por hoje é só pessoal!

SENTAPUA! E vamos à luta, Filhos da Pátria!

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