quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Como diria meu cachorro... WWWWWWWWWWWOOOOOOOOOOOWWWWW!!!!

Por que o iPhone vai mundar o mundo (dos PCs)

(http://computerworld.uol.com.br/mercado/2007/02/22/idgnoticia.2007-02-22.9991008274)
Por COMPUTERWORLD
Publicada em 28 de fevereiro de 2007 - 07h30

A relevância do iPhone não está na convergência de telefone com iPod, mas na criação do primeiro computador do mundo destinado ao mercado de massa com a 3ª geração de interface.

O iPhone, anunciado no evento Macworld, no começo de janeiro, balançou as estruturas da casa, parou a imprensa e preocupou a atual ordem dos smartphones. Sim, pode acreditar, Steve Jobs mudou o mundo, mais uma vez.
Seu discurso foi tão empolgante que cinco semanas depois o mundo quase se esqueceu de um fato muito importante: o iPhone ainda não existe – pelo menos como produto do mercado.

Ninguém até hoje sequer tocou em um iPhone. Quase tudo o que se sabe sobre o produto veio de uma tacada só de marketing. O iPhone pode vir a ser o equipamento mais bacana já manufaturado. Ou também pode ser um grande fracasso como o Newton. Existe chance para ambos.

A demonstração feita por Jobs do iPhone foi tão poderosa que, na verdade, fez as pessoas acreditarem que a Apple inventou toda uma completamente nova interface com os usuários. De fato, a Apple fez alguma coisa mais importante do que isso.

A companhia pegou o melhor – até agora obscuro – da pesquisa da interface com usuários e colocou em um produto que você poderá comprar. Ela fez a mesma coisa com três outros produtos, o computador original da Apple, o Mac e o iPod.

É assim que a Apple mudou o mundo. Claro que isso exigiu grandes pesquisas em laboratórios e aperfeiçoamentos contínuos, mas resultou no começo das vendas de um produto atraente que todo o mundo pode comprar.
Sucesso ou fracasso, o iPhone será lembrado como o primeiro maior passo rumo à terceira geração de interface com usuários de PC.

Velho e rebaixado

A primeira geração de interface com usuários foi a linha de comando. A Apple não inventou isso, mas usou o conceito nos seus computadores anteriores. A segunda geração dessa interface é aquela baseada em ícones, redimensionamento em torno da interface com o Windows que se usa atualmente.

Novamente, a Apple não inventou isso – quem o fez foi a Xerox. Mas a Apple foi a primeira grande empresa a fabricar isso embutido em um produto de consumo, o original Macintosh, que foi lançado em 1984.

A Microsoft começou a vender o sistema operacional Windows Vista no mês passado, enquanto a próxima atualização do OS X da Apple é esperada para a metade deste ano. Embora essas plataformas contenham elementos da próxima geração da interface com o usuário, estão baseados nos mesmos velhos arquivos, ícones e janelas dos anos 80.

Não sei o que você pensa sobre isso, mas para mim 23 anos é tempo demais para esperar. Ninguém agüenta mais aguardar e todos estão prontos para a próxima mudança radical da tecnologia de interface com o usuário.

A novidade quente

A terceira geração do futuro no que se refere a interface com o usuário em PCs já foi inventada. Todas as pesquisas estão concluídas. Na verdade, alguns elementos foram independentemente desenvolvidos por dúzias de centros de pesquisas múltiplas, cada um assumindo uma abordagem diferente, mas todas abraçando mais de um dos cinco principais elementos da interface do amanhã. Conheça agora esses elementos:

1. Tela multi-touch
Muitas pessoas agora acreditam que a Apple inventou o multi-touch – a idéia da tela sensível ao toque que pode responder a dois ou mais pontos de controle de cada vez. Na verdade, pesquisadores têm desenvolvido tecnologias multi-touch há mais de uma década.

Essa inovação em uma interface com usuário via PC é tão poderosa quanto o “multi-toque” na vida real. Imagine se você tem de viver a interação com o mundo usando somente um dedo. Discar o telefone será fácil, mas levantar o cabo do aparelho telefônico será um problema. Multi-touch permite que você selecione objetos na tela, redimensione-os, gire-os e faça outras úteis coisas.

2.Gestos
A atual geração de dispositivos com telas sensíveis ao toque já permite gestos rudimentares. Na verdade, até mesmo o Apple Newton, um dos primeiros assistentes pessoais digitais, tem o suporte a esses gestos. Se você circulou um texto enquanto escrevia no Newton, a palavra circulada poderia depois ser selecionada. Isso é o que chamamos “gesto”.

Curiosamente, o multi-touch amplia o poder desses gestos com uma ordem de magnitude. Por exemplo, você pode colocar dois dedos no lado direito e esquerdo de uma fotografia, depois usar o recurso para mover seus dedos e instantaneamente ampliar a foto.

3. Física
A segunda geração das interfaces tem pastas de arquivos, lixeiras e documentos que representam objetos físicos. Mas eles não agem como tais. Eles não se movem como se tivessem peso, massa e momento. Quando você apresenta um arquivo por meio do seu desktop com sistema operacional Windows, isso não diminui gradativamente, mas pára no instante em que você solta o botão do mouse. Quando você bate um ícone contra outra parte do desktop, os dois não se espalham como pinos de boliche. Se acontecesse isso, sua mente iria os aceitar mais rapidamente como objetos reais. Aqui está um exemplo de gestos combinados com física.

4. 3D
Alguns objetos da interface do usuário tanto no Vista quando no OS X têm propriedades tridimensionais (3D). Por exemplo, você pode contornar um documento e ver o que está no verso ou observar os documentos em cascatas de um lado, o que ajuda você a selecionar e organizá-los. Para a maior parte deles, entretanto, a geração atual da interface é profundamente 2D.

5. Minimização de ícones
Ícones são os elementos centrais para um sistema operacional atual e representam pastas, documentos e aplicações em seu estado fechado. Quando você clica para abri-los, o ícone está ainda lá, mas clicando abre o item e carrega isso na memória. A próxima geração de sistemas operacionais vai ter nos itens em seus estados abertos – não em seus estados fechados representados por ícones – o seu elemento central.
Você estará apto a encolher ou aumentar qualquer objeto quase infinitamente em qualquer direção, mas tamanho será flexível mais do que binário – itens serão mostrados em graus de grandeza, tanto abertos quanto fechados.

A combinação desses elementos significa que a interface praticamente desaparece, assim como a curva de aprendizado para os usuários básicos. Uma criança poderá utilizar um PC de terceira geração e começar a brincar por aí com ele.

Isso tudo lhe soa familiar? Estes são os cinco elementos chave da interface do usuário do iPhone. E eles não existem juntos em nenhum outro produto. A relevância do iPhone não está na convergência do telefone com o iPod ou mesmo na mobilização para o OS X, mas no fato de ser o primeiro computador do mundo destinado ao público de massa e com uma interface de terceira geração.

É de tirar o fôlego, não? A melhor notícia é a de que os americanos em breve poderão comprar um iPhone da Cingular nos EUA. Mas a versão do desktop com essa terceira geração de interface chegará primeiro para os usuários da Apple ou da Microsoft?

A previsão do COMPUTERWORLD é de que isso acontecerá nas duas empresas e talvez o Google também ofereça uma variação. Só o tempo irá dizer. O mais importante é que a direção para a interface do usuário está definida. E ele é verdadeiramente – alguns podem dizer insanamente – grandioso.


SENTAPUA! E vamos à luta, filhos da Pátria!

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