terça-feira, fevereiro 27, 2007

Mais conversas com Clemente :)

E recomeçamos o debate...

Hoje, depois de longas e merecidas férias carnavalescas, Clemente posta em seu site que:

"Se pusermos dois grupos de pessoas igualmente competentes para trabalhar em organizações diferentes, o que elas vão produzir será diferente. Pode ser radicalmente diferente: uma empresa quebra, a outra tem sucesso. Pessoas competentes em certa empresa são incompetentes em outra (e vice-versa). As diferenças nas “entregas” ocorre porque as organizações - independentemente das pessoas e recursos de que disponham - têm competências próprias que independem das pessoas que estejam lá. Eis um fato: a competência das empresas não é a soma das competências dos indivíduos.

Isso é uma verdade praticamente ignorada pelos gurus e empresários metidos a politicamente corretos, que acham que é de “bom tom” repetir coisas como “nosso maior diferencial são as pessoas” - como se “as pessoas” fossem, em si, a causa do sucesso. Isso é balela. Pessoas só são o maior ativo de uma empresa em uma única circunstância, muito particular: logo que essas empresas são formadas. Fora disso, nenhuma empresa tem nas pessoas o seu diferencial para o sucesso. Vamos ver por que."

De cara, provocando polêmica pra receber cacetada... Mas o artigo em si é longo, completo, cheio de exemplos e vale a pena ser lido. Ele mostra o viés quadrado que justamente impede as empresas tradicionais de MUDAREM e INOVAREM: O viés de que "organização" é algo militar, científico, quadradinho. É algo moderno, inventado por Frederick Taylor, Henry Fayol e aperfeiçoado por Henry Ford, o mesmo cara que dizia que os clientes podiam ter um carro de qqer cor, desde que fosse preto :)

Mas, como sempre, depois de resumir muitas idéias interessantes de Clayton Christensen, um pouco depois ele argumenta:

"O sucesso da Apple depende crucialmente de seguir lançando continuamente produtos insanelly great. Seus Processos e Valores - ou seja, sua cultura - exigem isso. Com John Sculley e outros CEOS, a Apple tentou mudar seu DNA e fracassou. Steve Jobs, trazido de volta, opera dentro da cultura da empresa (ele foi o fundador): pessoas focadas em produzir coisas insanelly great por meio dos processos e valores estabelecidos na alma da corporação."

Em resumo.. UMA PESSOA, pode fazer a diferença insanamente grandiosa entre a falência e a retumbante recuperação de mercado. Aliás, várias, já que Jobs é um MAESTRO, que põe a funcionar uma orquestra de "virtuoses"....

De novo, mais um que acredita que as organizações humanas continuam as mesmas de 100 anos atrás, onde a multi-comunicação não existia.

Na prática, existe espaço para todos, só que os empreendedores que sonham em crescer (os jovens pobres de pindorama) precisam se calcar em gente nova, que tem msn, skpe, blogs, flickres e faz o que quer, onde quer, quando quer e única e exclusivamente, PORQUE QUER.

Eu ainda fico com Ricardo Jordão, que diz:

""No que Eu acredito? Eu acredito na Generosidade, na Liberdade e no Indivíduo. Eu não sou melhor do que ninguém, ninguém é melhor do que eu. A Vida é Sagrada. Eu estou pronto para receber as maiores missões que alguém puder imaginar. Chega de preguiça! Tudo tem um propósito, viva o seu.""

SENTAPUA! E vamos à luta, filhos da Pátria!

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