quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Jihad = Como ensinar a inovar aos jovens do Brasil, Parte 6

E lá vamos nós...
Vou começar citando o Nassim Taleb, do seu artigo ,
"Take the Google phenomenon or the Microsoft effect — "all-or-nothing" dynamics. The equivalent of Google, where someone just takes over everything, would have been impossible to witness in the Pleistocene. These are more and more prevalent in a world where the bulk of the random variables are socio-informational with low physical limitations. That type of randomness is close to impossible to model since a single observation of large impact, what I called a Black Swan, can destroy the entire inference." and "The puzzling question is why is it that we humans don't realize that we don't know anything about the significant brand of randomness? Why don't we realize that we are not that capable of predicting? Why don't we notice the bias that causes us not to realize that we're not learning from our experiences? Why do we still keep going as if we understand them?"
Se nós não conseguimos "modelizar" o randômico (ou os cisnes negros, como ele diz), sorry, mas todos os modelos "estatísticos e científicos" não conseguem modelar o futuro. Dai, volto ao meu argumento "religioso" de ensinar ao mesmo jovem não só "ferramental", mas a maior coisa de todas (e que em todas as biografias q eu conheço e que me inspiram, foi o que fez a verdadeira diferença), que é ATITUDE. Concordo que atitude se ferramenta não ajuda muito, mas todas as técnicas, diplomas, ferramentas e tudo o mais são inúteis.
Dai, eu pegaria uma fast interview do Guy Kawasaky, com Donald Trump, onde ele diz, com todas as letras:
Question: TV is TV, real life is real life: What’s the most important real-life advice you can give to an entrepreneur? Answer: You have to love what you do. Without passion, great success is hard to come by. An entrepreneur will have tough times if he or she isn’t passionate about what they’re doing. People who love what they’re doing don’t give up. It’s never even a consideration. It’s a pretty simple formula.
Volto a outro atributo "não científico", para ensinar como caminho inconteste a um jovem.
Mas, pegando parte do que voce comenta em seu site em:
"A chave para o sucesso das organizações não pode ser (e não são) pessoas especiais. São pessoas “médias” operando em sistemas gerenciados. É a gestão que nos habilita a trabalhar em conjunto com outros e colaborar em grupo sem ímpetos assassinos. Não me xingue (leia mais), mas o sistema – ou seja: a gestão – é mais importante para a performance do que “as pessoas”. Muito, muito, muito mais. Esse é o “segredo sujo” do mundo das organizações. Pode não soar muito virtuoso, mas é assim. Não existem “pessoas especiais”, esqueça essa bobagem. Só existem pessoas “médias” que um certo ambiente, desenhado e gerenciado intencionalmente para tal, torna especiais. Líderes sim, têm de ser especiais num sentido preciso; liderados não. "

"O que minimiza o calor na empresa é a gestão. Bons sistemas de gestão nunca tentam mudar “as pessoas”, pois isso é inútil. O que eles fazem, é bom repetir, é enquadrá-las (ok, sei que soa mal), direcioná-las para o desempenho adequado à empresa. Nada a ver com apelos à colaboração; nada a ver com retórica ou sermão moralizante. Exortação é para o papa, não para um gestor."

Ficou mais claro entender que vc tenta "enquadrar" as organizações processualmente, e é ai onde pensamos radicalmente diferente. Venho do mundo da tecnologia, onde o que nos move é a vontade de realmente fazer diferente. Sim, muitos tentam, pouquíssimos conseguem, mas, sem esse desejo, fé, loucura, burrice, como quer q vc chame, ainda estaríamos fazendo contas em ábacos!
E pra finalizar a discussão, inovação é o esforço realmente de muitos, onde uns poucos conseguem sucesso. Mas é esse o modelo que eu acredito, é nele q eu vivo e é ele que eu ensino aos meus alunos do mundo de tecnologia. E volta e meia um aparece com uma coisa boa, mesmo que todos estejam tentando o tempo todo. Eu prefiro me espelhar nas exceções, sempre, e buscar ser uma delas, que me conformar com a média de sistemas. Sou e sempre serei um outsider. Escolhi tecnologia porque é um mundo cheio de outsiders.
E vamos a luta, filhos da pátria!!!! :)

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